Elias Carlos Arakuã Ete
Movimento no tempo
Que a gente não esquece,
Mexe e remexe
Com a vida da gente,
Fazendo mover
Com o corpo e a mente,
Seja pequeno seja grande
Seja rico seja pobre,
Nobre, rude
Ou inteligente,
Que nas ondas da vida surfaram,
Indiferente,
Da Praia do Sul ao Back Door
Dos Búzios à Sapucaeira,
Onde a farinha de mandioca
E a feira,
Por mais que nos distanciasse,
Nos aproximou,
Da bica do padre
Ao Tororomba
Ah que amor.
Olivença dos cabocos
Que na beira da praia está,
Pescando e caçando
De rede, vara e manzuá.
Assim é que vamos demarcar
Nosso território sagrado
Como sonharam nossos ancestrais
Junto com Amotara e Osvaldo Magalhães de Carvalho, Seu Vavá.
Elias Carlos Arakuã Ete Tupinambá, licenciado em História pela UESC, técnico em Contabilidade, professor indígena na escola CEITO (Colégio Estadual Indígena Tupinambá de Olivença) em Ilhéus BA.
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