MST Regional Extremo-Sul
Na madrugada do dia 27/02, o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) ocupou três áreas da empresa.

O MST ocupou as áreas da Suzano próximo aos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas com cerca de 1.550 militantes como ato de denúncia contra a monocultura de eucalipto na região onde vem crescendo nas últimas décadas.
Além disso, o uso de agrotóxicos pela empresa prejudica as poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas e a monocultura do eucalipto provoca o êxodo rural.
Os trabalhadores e trabalhadoras denunciam os problemas relacionados à crise hídrica nos municípios, causados pela produção em grande escala de eucalipto, a pulverização aérea realizada nas área dos monocultivos.

Por que lutamos contra a monocultura do eucalipto?
O território do Extremo Sul da Bahia vem amargando nas últimas três décadas a expansão do monocultivo de eucalipto, hoje controlada pela empresa Suzano papel e Celulose, que somente no 3º semestre de 2022 lucrou R$ 5,44 bilhões, e a venda de celulose e papel ultrapassou as marcas de 2,8 e 31,1 milhões de toneladas respectivamente.
Perguntamos: A QUE CUSTO?
Qual custo de nosso território amargar com a destruição sistemática de nossos recursos naturais, envenenamento de nossos solos e assoreamento de nossos rios? Como contabilizar o custo social das milhares de famílias que foram expulsas de suas terras e hoje vivem na vulnerabilidade social das periferias das cidades e nas beiras das estradas? Como justificar o fato de nossos municípios amargarem as maiores taxas de concentração fundiária do país, e com eles graves indicadores sociais?
Nós, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cientes de nossa missão de luta pela reforma agrária e pela justiça social, viemos reafirmar nossa luta contra os desmandos da Empresa Suzano Papel e Celulose em nosso território, e exigimos que arquem com os graves passivos ambientais, sociais e econômicos.
Eliane Oliveira da Direção Estadual afirma que a nossa missão é a luta por terra, moradia e alimentação saudável. Enquanto tiver gente sem terra, passando fome e sem moradia essa será a nossa tarefa de fazer valer a Reforma Agrária.
Reafirmamos nossa disposição de luta e construção de um país mais justo e soberano, que num país de proporções continentais, não haja tanta terra para poucas empresas e tanta gente sem terra, nosso compromisso é lutar e conquista-la para produção de alimentos saudáveis.

LUTAR, CONSTRUIR REFORMA AGRÁRIA POPULAR
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