Helenna Castro - CPT Sul-Sudoeste
O I Encontro da Juventude do Campo e da Cidade, ocorrido em Itabuna entre os dias 30 de junho e 2 de julho, reuniu jovens de várias cidades do sul da Bahia para discutir suas realidades e qual futuro querem para nosso país.
Estiveram presentes jovens lutadores negros, índigenas, sem terra, periféricos e militantes de organizações populares. Além de muito debate, mística e animação, aconteceram 3 oficinas de formas de luta com o objetivo de demonstrar como se fazer agitação e propaganda de um projeto político popular para o Brasil.
Durante a oficina ‘Como fazer uma intervenção política’, os participantes discutiram uma problemática atual para elaborarem uma faixa, uma poesia, um cartaz e uma chamada de reportagem. O tema escolhido foi o fato do ex-presidente Jair Bolsonaro ter recentemente sido declarado inelegível por 8 anos pelo Supremo Tribunal Federal. Os jovens trouxeram a abordagem de que a inelegibilidade não é suficiente, é necessário que os crimes que ele cometeu sejam investigados e punidos.
Já na oficina de ‘Comunicação Popular’, os jovens aprenderam a diferenciar a grande mídia da comunicação feita pelo povo, para o povo e com compromisso com a mudança das realidades de opressão às quais a classe trabalhadora está exposta. Foram produzidos lambes e as temáticas giraram principalmente em torno do racismo estrutural em nosso país, que faz com que 80% da população encarcerada no estado da Bahia seja de negros. Outros temas que foram considerados importantes foram o grande índice de feminicídios e a necessidade de que no Brasil, o poder seja efetivamente popular.
Os jovens que participaram da oficina de Teatro do Oprimido produziram uma peça que tratou de questões como bullying nas escolas, racismo e homofobia. A apresentação deixou todos os presentes emocionados pela maneira impactante com que essas problemáticas foram abordadas.
Com toda ousadia e rebeldia, esses jovens sulbaianos demonstraram que entendem a importância da formação política para as novas gerações e de travar lutas contra os ataques que o povo sofre constantemente em nossos territórios.
No Sul da Bahia sempre teve luta… e essa juventude chega para engrossar nossas fileiras!
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